04 dezembro, 2007

Cartas (Parte III)


Noc Noc…
Estás aí amiga?!
Sabes que me farto de escrever para ti, a contar as novidades, as ânsias, as alegrias, tristezas… algumas aqui outras naquele livro que tu conheces, a minha agenda, secreta como os segredos que guardo lá.
Mas hoje tive que escrever aqui. A data é especial e eu queria ter a certeza que lias! Sim, porque esse telemóvel nunca está ligado quando preciso falar contigo, não é Doia?
A Internet tem essa vantagem, de sermos nós a fazer e receber dela o que melhor nos convém. Por vezes florimos os cenários que nos compõem, vemos o que queremos ver, outras vezes mais do que queremos ver. No fundo, pintamos com as nossas cores o mundo que nós próprios desenhamos.
É um pouco o que estou para aqui a fazer, a escrever-te na esperança que leias assim que eu o publicar, mesmo sabendo que não o vais fazer. Mas ao escrever projecto para o exterior um pouquinho do que vai para aqui… e esse exterior, eu tenho a certeza que tu vês e sentes, não há ninguém que me faça desacreditar!
Bom…passando ao essencial! Sabes quem faz anos Hoje??? TU AMIGA!!!
É essa a grande razão deste texto grande e chato… além de todas as saudades que sinto tuas, este é o primeiro ano que não te dou os parabéns pessoalmente, não saímos para beber um copo para festejar, não te dou aquele abraço do qual eu sou tão dependente.
Pronto, resolvi dar-tos aqui. Talvez seja fraquejo meu…mas foi a melhor maneira que arranjei de me sentir mais junto a ti, já que não pude ir aí, onde estás.
Estejas onde estiveres, nesse sitio que não tem rede, podes ter a certeza que do meu coração nunca sais!

Adoro-te Doiiiinha, Pelo que és e pelo que fazes por todos aqueles que estão à tua volta.
Beijos amigona (Adeus para ti, NUNCA!)

30 outubro, 2007

Cartas (Parte II)

Imagem de: Cristina V.

Lamento o meu estado de desespero…de simplesmente não conter as lágrimas que soltam rebeldia.
Lamento o descontrole, o desarme que sinto à realidade.
Lamento o insuportável desconforto desta solidão que me deixa ouvir o som das paredes…brancas…tão simples…básicas…como este meu fraquejo da saudade que sinto de ti, da minha dependência de ti.
Lamento a pequenez de mim…


25 setembro, 2007

Sensibilidades

"Entre tantas coisas giras que lhe ofereci, agarrou-se logo à única que eu já não conseguiria salvar. Por mais que mo pedisse, por mais que insistisse, àquela flor… vida alguma jamais haveria de voltar. Eis a verdade, nua e crua.

Expliquei-lhe aquilo vezes sem conta, mas mesmo assim deixou-se ali ficar. A tarde toda, seguida pela noite, e pela manhã do dia seguinte. Pensei que os cheiros dos temperos do almoço lhe aguçassem o apetite e lhe dessem força para procurar outro poiso, mas nem os tachos destapados nem as travessas rasas por ali à mostra conseguiram tal feito. Simplesmente porque em toda a minha mesa, em toda a minha cozinha, aquela coisa caída era tudo o que ela queria.

Perguntei a mim mesma porque fui eu buscar a flor ao jardim, se este é tão dela quanto meu. Para a ver morrer na jarra? Para a ver cair ao chão? Que coisa tão sem nexo, que coisa tão em vão. Seguramente que me culpa. Tanto tamanho, tão pouco juízo.

Decido sentar-me, fazer-lhe companhia. Até que a flor seque, até que passe o dia. Uma parte de mim quer que vá embora, a outra… que morra agora. Para que a minha vergonha passe depressa, para que eu me esqueça do que fiz outrora.

Isto era o que leriam se eu tivesse nascido fêmea. Como a natureza quis coisa diversa, resumo a história da foto a duas linhas: se o raio da borboleta precisa daquilo para desentupir a sanita lá de casa, por mim… pode levar."

PS: Não resisti a publicar este texto quando o vi. Parabéns ao Autor.

14 setembro, 2007

Cartas (Parte I)


Imagem de: Miguel Rita


Olá meu Anjo,

Hoje tive tanta vontade de falar contigo.
Tenho tantas coisas para te contar…
Para dizer a verdade, já devia ter falado contigo antes, mas esse telemóvel nunca está ligado, nunca lhe ligas nenhuma, sempre foi assim, né?
Resolvi escrever-te, mas não sei se por falta de tempo ou de coragem, não o fiz antes…
As minhas tartarugas estão tão grandes, lindas e gordas!!! Têm andado mais agitadas, devem também elas sentir a tua falta. Nunca mais as visitaste!
Sabias como anda a Lisa? Está quase casada, achas bem? Mudou-se para a Terra do Mar, lá com os pescadores e com aquele Perfume que só a Natureza produz.
Ficou por lá, habituou-se àquele cheiro…também quem não se habitua, né?
Eu…eu cá ando, a rebentar por uma conversa contigo, por um abraço teu, de amiga, sabes tão bem como é!...
Sabes que hoje encontrei um CD teu?! Mercado Negro. Tu adoras! Deve fazer-te falta, não?
Acreditas que assim que olhei para ele no cimo da minha estante, houve uma pequena lágrima coberta de saudade que espreitou o Mundo? Já viste a falta que me fazes? É só um CD, mas pronto…representa-te!
Bem, vou dormir, cheia de pensamentos por ti.

Não te esqueças de ligar esse telemóvel, tá?!

Beijos, Adoro-te!

PS: Lembras-te de me dizeres “de vez em quando inclina a cabeça para o teu lado esquerdo, porque eu estou ao teu lado a sussurrar-te ao ouvido que te adoro” quando não pudeste ir à minha festa de anos? É assim que tento compensar a minha ausência na tua vida…

04 abril, 2007

Imagem de: Barbara Alves de Campos

Para quem não consegue ler o texto digitalizado...


"Tenho saudades, ou apenas necessidade de escrever.
Tenho entaladas palavras, enroscadas na falta de tempo ou no excesso de contratempo.
Tenho entaladas palavras, soltas e desertas para se mostrarem em papel, mesmo que sem linhas para que não haja tendência de conta-las, para que não haja tendência de contabilizar valores e regras.
Estão entaladas palavras, ansiosas de se projectarem em formas bem redondas, humanas. Em tinta de um simples aparo de caneta permanente e papel de uma bela Moleskine para que recorde o intemporal que é a mente e a Alma Humana!"

10 fevereiro, 2007

Carminho & Sandra [Vote em consciência]

Imagem de: Miguel Lopes
"Carminho senta-se nos bancos almofadados do BMW da mãe. Chove lá fora...Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolampela face. A mãe conduz o carro e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito trânsito na Lapa ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago masaperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho deEspanha.

(Mais abaixo na cidade)

Sandra senta-se no banco côr-de-laranja do autocarro 22 que sai de Alcântara. Chove lá fora. Encosta o nariz ao vidro para disfarçar duas enormes lágrimas que lhe rolam pela face. A mãe está sentada ao lado dela. Encosta o guarda-chuva aos pés gelados e aperta-lhe ternamente a mão. Há muito trânsito em Alcântara ao fim da tarde. A mãe tem um olhar triste e vago mas aperta com força a mão da filha de 18 anos. Estão juntas. A caminho de casa de Uma Senhora.

O BMW e o autocarro 22 cruzam-se a subir a Avenida Infante Santo.

Carminho despe-se a tremer sem nunca conseguir estancar o choro. Vesteu uma bata verde. Deita-se numa marquesa. É atendida por uma médica que lhe entoa palavras doces ao ouvido, enquanto lhe afaga o cabelo. Carminho sente-se a adormecer depois de respirar mais fundo o cheiro que a máscara exala. Chora enquanto dorme.

Sandra não se despe e treme muito sem conseguir estancar o choro. Nervosa, brinca com as tranças que a mãe lhe fez de manhã na tentativa delhe recuperar a infância. A Senhora chega. A mãe entrega um envelope à Senhora. A Senhora abre-o e resmunga qualquer coisa. É altura de beber um liquido verde de sabor muito ácido. O copo está sujo, pensa Sandra. Sente-se doente e sabe que vai adormecer. Chora enquanto dorme.

Carminho acorda do seu sono induzido. Tem a mãe e a médica ao seu lado. Não sente dores no corpo mas as lágrimas não param de lhe correr cara abaixo. Sai da clínica de rosto destapado. Sabe-lhe bem o ar fresco da manhã. É tempo de regressar a casa. Quando a placa da União Europeia surgena estrada a dizer PORTUGAL, Carminho chora convulsivamente.

Sandra não acorda. E não acorda . E não acorda. A mãe geme baixinho desesperada ao seu lado. Pede à Senhora para chamar uma ambulância. A Senhora não deixa, ponha-se daqui para fora com a miúda, há uma cabine lá em baixo, livre-se de dizer a alguém que eu existo.
A mãe arrasta a Sandra inanimada escada a baixo. Um vizinho cansado, chama o 112 e a polícia. Sandra acorda no quarto 122 dias depois. As lágrimas cara abaixo. Não poderás ter mais filhos, Sandra, disse-lhe uma médica, emocionada.
Sai do hospital de cara tapada, coberta por um lenço. Não sente o ar fresco da manhã. No bolso junto ao útero magoado, a intimação para se apresentar a um tribunal do seu país: Portugal."
Autor do Texto: Rita Ferro Rodrigues

30 janeiro, 2007

22 dezembro, 2006

Feliz Natal

Imagem: Desconheço o autor

A todos um Feliz Natal com cheirinho a baunilhha.

10 dezembro, 2006

Alma Gémea

Imagem de: Katia Franke

(...)A busca incansável da alma gémea não passa da semelhança de nós mesmos projectada num sonho.
Eu própria penso que talvez a minha alma gémea já passou por mim, já a tive tão perto que percebi isso mesmo.
Tão diferente mas tão igual… reagíamos e vivíamos as coisas de maneira tão diferente, mas desejávamos coisas de maneira tão siamesa.
Eram as mesmas coisas simples que fazia o brilho nos olhos, que compensava a descompensação, era olha-la e ver-me nela.
Mas até a alma gémea pode não ser quem nos segue na caminhada, porque caminhos diferentes ou felicidades diferentes nos cruzam.
Mas a alma gémea que achamos nossa pode não ser quem nos faz feliz.
Apenas existe UMA pessoa que nos projecta a intimidade da alma, apenas uma faz com que se veja nos olhos a cor do nosso interior, mas pode não passar por ela a nossa felicidade.
Talvez o objectivo da alma gémea não seja o eterno amor, se calhar a alma gémea é apenas isso!!!


19 novembro, 2006

Imagem de: Pedro Moreira
Queria despir-me de mim
Arrancar a pele de uma alma magoada.
Descer com os dedos arguciosamente da coxa até ao tornozelo, levando agarrado a eles a meia colorida que me pinta a mente em arco-íris.
Queria despir-me
Assim que vejo o reflexo, guardo a Organza e deixo o algodão proteger e envolver a pele que já reagiu à textura do vento frio.
Deixo o algodão deslizar onde a tua mão devia agasalhar

21 setembro, 2006

Tempo

Imagem de: Filipa Mateus

Uns tornam-se velhos ainda jovens enquanto outros acordam velhos. A alguns ... a morte acorda-os jovens.

Catarina & Barbara

12 setembro, 2006

Saudade

Imagem de: Tiago de Sousa Lopes
Saudade s.f. 1. melancolia causada pela lembrança de um bem de que se está privado; 2. nostalgia; 3. mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou acções; pesar; 4. pl cumprimentos a uma pessoa ausente; 5. pl lembranças; morrer de saudades sentir muito a falta (de) (Do lat. Solitãte, «solidão»)
Porque esta é a palavra que mais gosto no nosso dicionário, porque esta palavra faz parte da nossa vida, do nosso dia-a-dia queiramos nós ou não. Porque esta é a palavra que apenas existe em Português!
Fonte: Dicionário da Lingua Portuguesa, Porto Editora

28 agosto, 2006

Enlaça-me

Imagem de: Rosalina Afonso
(...)
Cheguei a casa,
descalcei-me, o casaco caiu, deslizou num gesto simples, provou o sabor a madeira envernizada. Os pulmões encheram-se de cheiro a nosso
Tic tac…
Tic tac

Houve mais vida que deu pela minha!
Pelo corredor corrias tu, com sorriso nos lábios vermelhos, carnudos, deliciosos
Beijo-te
Tic tac

Já é tarde e não te poupaste a surpreenderes-me com o jantar dos aromas que mais gosto, com o meu início e fim predilecto.
Desfolhas-me a vida durante o petiscar, o saciar de fome escondida
(...)
Cada manhã, cada sol cheio de luz ou envergonhado, cada noite com perfume húmido, sinto um espasmo nos lábios logo assim que caio na rua iluminada de gente, que o movimento me acolhe,
penso em voltar para o teu ombro que me recebe com o quente de quem ama
(...)
descalça percorro o chão com cheiro a madeira envernizada, madeira de pinho, macieira, sei lá,
num beijo profundo
(...)

25 agosto, 2006

Imaginar-te

Imagem de: Sweetcharad

Imagino-te
Sereno, calmo, a respirar em compasso certo.
Eu
Embriagada de saudades.
O medo
Acordou com o gesto leve da distância,
Acho mesmo que foi aquele beijo frio.
O tempo
Vai passando, como os saltinhos dos pardais,
Até ter o luxo de te sentir.
Fecho-te.
Amo-te!

23 agosto, 2006

Imagem de: Pedro Peralta

"PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

Fernando Pessoa


17 julho, 2006

Fechei-te nas trevas e sorri

Imagem de: Ugly


Fechaste os olhos por instantes,
As trevas absorveram-te com mimos intensos.
Tu desces bem fundo…
E quando chegares lá bem no fundo,
Olha em frente,
Eu estarei lá,
A sorrir…

03 julho, 2006

Asas que pesam

Imagem de: Sweetcharade
Que desapareçam as saudades, que desapareça com o vento os negros da vida.
Que a chuva que cai de mansinho na janela, traga de volta a nostalgia da passagem das letras de um livro.
Traga o prazer do som da calma.
Que os pássaros acordem, e o piar desperte as famílias que agora nasceram.
Que as flores se abram, perdendo a timidez… que a vida se transforme e sorria para te libertar desses laços que te prendem sem querer...



Não percas a força que essas asinhas têm, não deixes que a vida as deforme.
Um grande beijo para menina dos sorrisos de ouro

----Para a Le----

23 junho, 2006

Isolo-me

Imagem de: Nokas
Isolo-me
Os dias são longos, desesperantes.
Acordo mas não desperto.
A luz, desligo-a.
Prefiro a noite
Crio-a

Rejeito as certezas,
Gosto de conviver com as minhas fantasias…

Escrever, escrever para quê?
Para envolver palavras em lágrimas?
Elas escorrem, miseravelmente.
Acordam-me para a vida.
Enterram-me

Quero soltar-me deste canto (..)

13 junho, 2006

Apanhas-me?

Imagem de: Daniel Coelho

Há nuvens que se moldam com os sonhos. Durante a noite, com cada delírio solto, ao ritmo das batidas do teu coração. Há mesmo sonhos que se constroem com um sorriso, um gesto de harmonia, do encantamento de um olhar. Há céus de vários azuis, com várias pinceladas, de verde, rosa, saudade. Há mesmo cores que se criam na envolta de um abraço. A mim poderão encontrar-me a correr de nuvem em nuvem, de sonho em sonho, de mar em mar. Apanhar-me? Talvez, se sonharem!

16 maio, 2006

Acordei, Vivi..

Foto de: Sweetcharade
Hoje acordei bem disposta, também o dia nasceu lindo...sem uma pinga de tristeza, devia ter dormido com uma doce companhia.
Reage, tens de voltar à rotina! Depois de me levantar com custo tomo um duche despertante e tomo o meu café com canela e uma torrada com pouca manteiga. Abandono a minha casa num caos, (é um defeito meu que me acompanha desde miúda) vou para mais um dia. É de manhã e parece que toda a gente nesta cidade decidiu sair de casa à mesma hora que eu! Apanho filas e filas mas adoro o que vejo, o que sinto. Esta agitação provoca-me um estado de alma que me enche…
Tudo seria perfeito se estivesses aqui comigo, a partilhar, essencialmente, ver-te acordar assim que o sol nos desperta e as ruas ganham vida.
Apesar de tudo, a tua imagem reflecte sempre que acordo, que viro uma esquina, que simplesmente fecho os olhos e te vejo a sorrir!
A vida pregou-nos uma partida, bem sei, mas acredito que um dia mais tarde nos vai compensar.

05 abril, 2006

Os Segredos da Alma



Imagem de: Sara em Olhares

Acordei, cheia de doces na língua.
Com vontade de me agarrar a uma orelha amiga,
Mas quando a tinha os segredos não se quiseram escapar!
Agarraram-se ao coração,
E por mais vontade que a língua tinha
As palavras não eram suficientemente grandes.

Os espasmos da alma foram tão bem concebidos
Que por mais que os queira transmitir,
Contar a toda a gente, correr a gritar a felicidade que sinto,
O segredo é só meu!

Eles guardam-se, acolhem-se no meiozinho do coração.
Enroscam-se por lá…
Lançam-me mensagens
E os meus lábios respondem-lhes em reflexo condicionado.

Quem inventou os sentimentos, codificou-os de uma forma tão perfeita, que só cada um de nós sabe o que significa, só para nós!

20 março, 2006

Histórias de amor

Imagem de: Ugly
É verdade que nenhuma história de amor é igual, e esta ficará guardada.
O primeiro abraço e um comboio a dar o passo de partida. O sorriso, o caminho. Recordo-me ainda de acordar com a minha cabeça apoiada no teu peito e a tua mão a deslizar no meu cabelo.
De dançar ao sabor da tua voz no meu ouvido em frente de um banco qualquer, de brincar com um quilo de pipocas num cinema quase deserto. Do sorriso, dos teus olhos doces… é mágico, e impressionante como um “fica comigo” nos faz deixar de sentir o chão! Acho que guardarei esse timbre para sempre. A saudade fica a emoldurar. E já que temos que seguir caminhos diferentes, que sejas feliz, com a certeza que ficarás sempre comigo!

02 março, 2006

Os 5 sentidos…

"Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Além disso, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

Audição (Teimosia)


Imagem de: Skálgi

É o traço da minha personalidade mais visível, que se ouve mais no meio de todas as características. A minha razão é sagrada, e tudo o que foge da esfera que considero verdade, eu simplesmente deixo de ouvir, ou regateio como se não houvesse mais amanhã.
Defendo as minhas ideias como causas únicas, a não ser que me demostrarem matematicamente o contrário!
Eu apenas ouço o que acho bem, sou muito selectiva, mas no fundo sei de tudo, embora não pareça.

Olfacto (Curiosidade)

Autor Desconhecido
Gostava de correr mundo, conhecer novos mundos dentro deste, conhecer novos climas, sentir novos perfumes. Todas as coisas têm um perfume próprio, característico, que as faz serem distintas do resto, e é essa essência que eu tenho vontade de cheirar, de encher os pulmões com ela…
Saber e ter consciência que o mundo é muito mais que as minhas quatro paredes, muito mais que as pessoas que conheço, do alcatrão que piso. Quero cheirar e tirar partido disso. Enriquecer a minha palete de perfumes.

Gosto (Paixão)

Imagem de: X. Maya

Ponho-a em tudo o que gosto de fazer. Vivo-a em cada gesto do meu dia. Não me lembro de passar um único dia sem estar apaixonada, sem sentir aquele desejo de tocar com o dedo no nariz daquele que guardo nos segredos da alma.
Sei onde estou e para onde vou, e quero muito ser feliz. Fundamentalmente isso. A fazer aquilo que gosto e a viver para quem gosto. Só se faz bem feito quando se faz com o coração.


Tacto (Tranquilidade)

Autor desconhecido
Embora não a tenha, adoro procura-la na corrente de um rio, no fresco da onda salgada, na força do vento, na textura da relva, no toque da mão, no silêncio da natureza. É muito importante poder repor essas energias positivas e libertar as negativas, simplesmente repor o equilíbrio.

Visão (Obrigado!)


Imagem de: IvonePeoples
A todos que lêem o meu blog, a todos que apenas passam, aqueles que lêem e comentam, e hoje, fundamentalmente aqueles que me convidaram a participar neste desafio, e aos que convidei:

Catarina;
Isabel;
Mike
Moita;
Pedro;

Porque os que estão presentes na nossa vida são importantes para nós e devemos agradecer sempre por partilharem comigo estes momentos a que chamamos vida, e fundamentalmente a darem cor e sentido á minha. A todos eles o meu sincero OBRIGADO!!!

01 fevereiro, 2006

Qual é o tamanho do teu Dedo?

Imagem de: Sweetcharade
A memória, aquele pedaço da mente que recorda momentos. Nós somos o que os momentos fazem de nós.

Pensamentos, reflexões, olhares… tudo nos transporta para uma série de conjugações paradoxais que nos vão guiando na nossa forma de estar. Alguns aliados a frutos suculentos do destino outros nem por isso.

Talvez as experiências que temos com os outros que nos rodeiam, mexam mais com esse canto dos pensamentos. Fazem-nos meditar, sorrir ou chorar com eles. Por vezes projectam-se em acções que achamos que as vivemos segunda vez. Ficamos mais amargurados, mais seguros, mais confiantes ou mais defensivos. Por vezes os erros que cada um comete, correm nesse labirinto complexo da memória.

Esta longa escalada à qual chamamos vida, é tão difícil como tentadora, é tão cheia de obstáculos que só cada um de nós conhece, só nós podemos quantificar alegrias ou sofrimentos. Só cada um de nós sabe qual a pedra que nos fez cair ou nos ajudou em mais uma subida.

Cada vez que apontamos o dedo, reflectir devia ser inato, sempre que o dedo espeta para alguém deveríamos pensar quantos dedos estão direccionados para nós.

25 janeiro, 2006

Ficou

Imagem de: António Lobo
"Que é da alegria?
Quem ta roubou?...
Da fantasia, o que ficou?
Nos teus olhos tristes já a noite entrou.
Com quantas cores pintaste a vida?
Aos teus amores.
A taça esguida?
Tudo o que sonhaste, a vida matou.
Ficou só esse olhar vazio,
Sem cor, sempre distante e frio.
Com que palavras escondes a dor,
O desalento, o desamor?
Nos teus olhos tristes.
Já o sol brilhou.
Ficou só esse olhar vazio,
Sem cor, sempre distante e frio."
Texto de: Pedro Malaquias

17 janeiro, 2006

Corre!!!

Imagem de: Artur Franco

Corre!
Assalta a felicidade.
A noite fechou
Voltou a escurecer.
Nem o frio te fez ficar.
Deixei-te ir,
Mesmo com os olhos húmidos de saudade.
A distância mata,
Há distâncias que não merecem perdão.
Fechei os olhos
Esperei
Acordei
Corri
Estou vazia de ti…

13 janeiro, 2006

Em Cada Gesto

Imagem de: Sónia Henriques
A distância diminuía
Com cada minuto que limitava a saudade.
O anjo fez a sua aparição,
Trouxe com ele o perfume,
Trouxe a graciosidade, a vontade, a paixão.

A noite enfeitou-nos em tons de azul metálico,
A luz da lua iluminou-nos o desejo,
As palavras deixaram de ser precisas
Porque os olhos reportaram os sentimentos.

O meu corpo chamou o teu,
Entrelaçamo-nos
Num sem fim de gestos com ternura.
Senti novamente o teu cheiro.

Com o abraço, vieram os medos.
Confessaste-me os teus,
Eu, baixinho sussurrei no teu ouvido,
“Não me deixes nunca mais”

09 janeiro, 2006

( Sem Título)

Imagem de: Sweetcharade


A alma enche, foge…
A alma corre, esforça-se…
Uma gota escorre, desenha a linha.
Uma gota de emoções, de paixão em mel cristalino,
Amarelo que beija o sol.

A alma enche, foge…
A alma sorri, encontra-te…
O frio invade, os pelos que me cobrem põem-se em sentido.
O frio chega, lembra-me a solidão.
A noite embala-me os sonhos, quero-te…

A alma enche, foge…
Memória com cheiros a maçã,
Memória que me acolhe.
Seguro-me em pensamentos.
A alma enche, com apenas um sorriso teu!...

Há memórias assim, sem título...

Segredos Do Coração

Desconheço o autor
O que é que Homem precisa para perder a dignidade?
Um desgosto, uma ambição mal sucedida, uma expectativa mal formada...
Um encontro com o destino naquela altura em que tudo deixou de ter sentido.
Uma nota fora do bolso, uma camisola rasgada, uma cama de cartão e um tecto de estrelas, e o Homem deixa de o ser!
Os olhos de quem passa que não reviram, o sentimento que não existe, e aqueles seres passam a pedras.

O medo de quem ama, a coragem que falta para deixar espalhar o dialecto do coração. Os olhos cerrados de quem não vê porque a vida é apenas o que não tem cor. Os ouvidos também não ouvem porque taparam com a poluição do quotidiano.
Acordem e escutem a linguagem do coração, olhem e vejam o olhar da alma.

Todos aqueles que algum dia entrelaçaram na nossa vida, entrelaçaram porque eram importantes.

13 dezembro, 2005

Enfeita-me com Penas

Imagem de: Rui Bonito

Corro por corredores ténues,
Escuros, húmidos.
Com cheiro a saudade,
Desenhados com pinceladas de solidão.

Acolhe-me em almofadas de cetim,
Reconforta-me em penas brancas,
Enfeita-me com beijos.

Diz apenas que me amas
E morrerei feliz…