19 novembro, 2006

Imagem de: Pedro Moreira
Queria despir-me de mim
Arrancar a pele de uma alma magoada.
Descer com os dedos arguciosamente da coxa até ao tornozelo, levando agarrado a eles a meia colorida que me pinta a mente em arco-íris.
Queria despir-me
Assim que vejo o reflexo, guardo a Organza e deixo o algodão proteger e envolver a pele que já reagiu à textura do vento frio.
Deixo o algodão deslizar onde a tua mão devia agasalhar

3 comentários:

GUIA DO APOSTADOR disse...

Um agasalhado regresso, despido de muitos reflexos de uma alma magoada. Boa semana e vai escrevendo, pois é sempre um prazer ler-te!

Anónimo disse...

Já tinha saudades deste converter, deste disfarçar, deste transformar delicado feito pela tua pena!
A imagem é soberba, o seu dissimular em palavras está ainda mais à frente!
Um beijo grande!

Ana Melita disse...

Simplesmente Belo!
A conjugaçao das palavras com a imagem...as emoçoes que transmitem... Magnifico...