02 dezembro, 2005

Na luz da Vela

Sentei-me na minha cama, acendi uma vela e por hábito a minha mente pensou em ti. Ao som de um olhar fosco de uma vela, que também sente a tua falta, as minhas mãos começaram a pedir para transpor o que sentia para um papel sem graça!
Continuei absorta e sem saber bem como, afundei-me na recordação da tua loucura incomparável, que mata o meu coração de diabetes e derrete em caramelo o meu orgulho.
Olho para nos os dois, para o que já vivemos juntos, e o que aconteceu…era suposto que fosse assim, como se alguém planeasse cada segundo que nós vamos viver.
Imagino-te e lembro-me de cor cada uma das tuas expressões, os significados dos silêncios, dos gestos, dos sorrisos, a tua pele e cada partícula de ti. E principalmente sei de cor cada momento que vivemos juntos e se quisesse dizer que te “amo” tinha primeiro que dizer “obrigado”.
Os teus abraços envolveram-me na doença, na tristeza, apoiaram-me incondicionalmente nos momentos em que precisava de acreditar em mim e fizeram-me acreditar que era capaz. Hoje se tiver de dizer alguma coisa, dir-te-ei baixinho ao ouvido quando tiveres a dormir. Se um dia deixarmos de ser apenas um, se um dia te vir do outro lado da rua e fingir que não te vejo, não te esqueças nunca que levaste contigo metade de mim e que eu roubei metade de ti. Fizeste-me acreditar que afinal amar é bom, e posso faze-lo sem medo. Estou mais apaixonada cada vez que te conheço melhor, e quero sempre mais, mais de ti. Quero-te comigo sempre e fazer tudo, e partilhar tudo da minha vida contigo. Escolhi-te para desenhar o meu destino com as tuas mãos num papel que tenhas perdido na secretária mas que seja teu. A minha alma arde através dos teus lábios e do teu coração e desagua num amor que me consome.
Vejo-te daqui a uns dias…até lá, doce amor, um milhão de beijos.
P.S.: Vou adormecer cheia de pensamentos por ti.

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